quinta-feira, 29 de setembro de 2011


NOGUEIRA, Maria Alice. BOURDIEU E A EDUCACÃO. 2ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006, PP 83 - 111

Tendo como principal objetivo esclarecer e identificar as desigualdades sociais que são reproduzidas pela escola e o favorecimento às classes dominantes sendo também a problemática. Fez-se uso de uma pesquisa bibliográfica e base teórica do próprio Bourdieu e alguns trechos também Passeron. Para Bourdieu há uma distinção na rede de ensino para uns e para outros, sendo dessa forma concebida como uma instituição a serviço da reprodução e legitimação da dominação exercida pela classe que domina. Mas de acordo com a sua concepção nenhuma cultura pode ser definida como superior em relação às outras, pois seria um arbitrário cultural. Porém a cultura escolar, socialmente legitima e imposta pela instituição é a cultura das classes dominantes, algo que a principio e imperceptível. Deste modo as instituições cumpririam a função de reproduzir e legitimar a desigualdade social. Na teoria bourdieusiana há dois modos pelos quais se adquire a cultura: por familiarização desde a infância ou, mas tardiamente no caso dos agentes sociais desfavorecidos. Acontece a desvalorização escolar da escola em que a própria escola valoriza o esforço somente de alguns, sendo esses a classe dominante, valorizando qualidades que são desigualmente distribuídas na sociedade. Com efeito, encontramos no pensamento de Bourdieu, a tese da estratificação dos saberes escolares, onde a escola estabelece uma hierarquia entre as disciplinas, que vai das disciplinas “canônicas” as mais valorizadas, passando pelas “ secundarias” as intermediárias e as “ marginais”     que são as mas desvalorizadas. Esta pesquisa resultou na concepção de que a escola de forma camuflada realmente reproduz as desigualdade sociais já existentes na sociedade.

Palavras - chaves:
Desigualdades sociais. Escola.

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